Quem sou eu

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Em primeiro lugar uma pessoa grata a Deus por cada dia a mais que Ele me dá neste mundo de loucos ( sou uma deles )Depois mulher e mãe. Sempre fui apaixonada por livros e os meus são só a extensão desta paixão. Se escrevo bem, se consigo emocionar, vocês que vão dizer.

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Literatura estrangeira é muito melhor: Por Rogers Silva!

Olá Pessoal!
Nas minhas andanças pela globoesfera e também pelo Twitter, me deparei com um texto lindo do Rogers Silva. Com sua autorização  vou postar o texto aqui no blog.
Espero que vocês leiam atentamente e tirem suas próprias conclusões deixando seu parecer nos comentários... 
O texto é longo, mas vale ler cada palavra. Vamos a ele?



Um dia visite as listas dos livros mais vendidos de qualquer revista brasileira. Não se contente em ver a lista do mês corrente. Se possível, pegue as listas mensais dos mais vendidos de todo o ano de 2010 no Brasil. Se tiver paciência, aproveite e pesquise as listas de 2009. E de 2008. Perceberá nelas algo estranho: em todas, entre os mais vendidos está uma maioria esmagadora de livros estrangeiros. O que explica esse fenômeno?
Como este texto não tem a pretensão de ser científico nem a Revista Pâncreas é uma revista acadêmica que me exige os objetivos, a justificativa, a descrição metodológica e dados empíricos para comprovar meus argumentos, discorrer sobre o assunto fica mais fácil, uma vez que parte de uma opinião pessoal baseada em impressões, mas também em fatos. Assim, não julgue o texto pelo que ele não é nem se propôs a ser – um texto científico.
Este texto é uma introdução a um (outro) texto a ser publicado n’O BULE (www.o-bule.com), ainda sem data definida, mas com nome definido: Literatura é uma merda. Não vem ao caso discorrer sobre ele, mas nele discuto – além de muito do que coloco a seguir – sobre a literatura de entretenimento, a leitura no Brasil e opino sobre os possíveis motivos de se vender menos (em quantidade de livros, e não necessariamente em número de autores) literatura nacional do que literatura estrangeira. No texto Literatura é uma merda listo as possíveis causas para essa realidade.
A mais óbvia e, em contrapartida, mais arraigada e de difícil mudança é cultural – o brasileiro tem um fetiche histórico e “inexplicável” por coisas de fora, sobretudo da Europa (ocidental) e dos EUA. Alguns chamam isso de síndrome de vira-lata. Outros, de colonização. Alguns, de alienação. E muitos, de burrice mesmo. Ou seja, sentimos prazer em admirar, idolatrar, ouvir conselhos e teorias sobre nós mesmos, e enriquecer gringos. Já admiramos Portugal, França, Inglaterra, EUA, mas sempre sentimos uma dificuldade enorme de admirarmos a nós mesmos (situação que parece estar mudando um pouco nos últimos anos...).
Para nós, eles são melhores do que nós: o metal nórdico é melhor do que o metal mineiro; Fernando Pessoa é melhor do que Drummond; filmes imbecis de Hollywood são melhores do que ótimos filmes brasileiros; o futebol espanhol é duzentas mil vezes melhor do que o futebol brasileiro; Dan Brown é melhor do que André Vianco etc. Para alguns inclusive (veja o absurdo a que o complexo chega...), Maradona é melhor do que Pelé.
Para nós, mesmo sem conhecimento de causa (alguns não conhecem o metal mineiro, nem Drummond, nem o cinema nacional, nem profundamente o futebol brasileiro, nem a literatura de André Vianco, nem as jogadas geniais de Pelé), eles são melhores do que nós. Sem dúvida. Se um gringo falou, deve ser verdade (Harold Bloom falou que entre os 100 maiores gênios da literatura universal, um tantão era estadunidense e um, só unzinho era brasileiro – e nós acreditamos). Sentimos devoção por gringos. Seres iluminados e superiores, impõem o que vamos pensar, falar, fazer e gostar. E gostamos. Somos extremamente obedientes. Para nós, os brasileiros são todos um bando de ladrões. Os políticos brasileiros, corruptos. No Brasil nada funciona. Não só a literatura, mas também o Brasil é uma merda.
Paradoxalmente, nos incomodamos quando algum gringo fala a verdade sobre nós, sobretudo quando essa verdade toca em nossa ferida, quando a verdade é um defeito evidente (vide Sylvester Stallone quando disse que qualquer um pode vir ao Brasil e explodir tudo e mesmo assim receberia um ‘Obrigado’ e um macaquinho de presente (essa parte do macaco é mentira!)). Nossa auto-estima é inexistente. Nossa capacidade de autocrítica é abaixo de zero. Enquanto isso, porque alguém falou e recomendou e impôs, compramos livros estrangeiros... 
É um argumento/discurso simplista, claro está, mas a meu ver esse traço cultural é a base primeira do problema: editores acreditam que a literatura estrangeira vende mais e, em conseqüência, a chance de lucrar com ela é maior; os publicitários aceitam essa verdade e trabalham em prol do produto estrangeiro; os consumidores (influenciados e impressionados pela propaganda de tal livro de tal autor estrangeiro, que nos EUA vendeu trocentos milhões de exemplares), por sua vez, compram os livros estrangeiros, muito melhores do que os nacionais, é óbvio. A ordem não necessariamente é essa (editores, publicitários e consumidores), nem muito menos os atores são apenas esses.
Os editores, por acreditarem que o autor Fulano dos EUA venderá muito mais, pagam R$ 200.000 pelo direito autoral de determinada obra ao invés de investirem R$ 10.000 em 20 autores nacionais para cada qual publicar 1.000, 2.000 exemplares de sua obra. É uma atitude condenável? Financeiramente falando, de forma alguma. Ao contrário, já que buscam o lucro, é o mais sensato a se fazer. Os outros profissionais do ramo, que não têm muito a ver com essa história toda, trabalham arduamente para aquele autor estrangeiro, porque aquele autor estrangeiro é quem paga o seu salário. Afinal, é aquele autor estrangeiro que é comprado/consumido pela grande maioria pensante da população leitora do Brasil. Sim, com muitos itálicos. Voltando aos editores, é possível que esses mesmos que gastam R$ 200.000 pelo direito de um livro não gastem R$ 1.000 para pagar um tradutor (brasileiro) por uma tradução (de qualidade). Até porque alguns tradutores fariam o serviço por R$ 500...
Por outro lado e a contribuir indiretamente com a situação, parte da intelligentsia, dos professores, dos pesquisadores especialistas, dos críticos brasileiros faz sua parte, prestando um desserviço à literatura brasileira, ao não aceitar qualquer coisa que não seja clássico ou original, na sua concepção de originalidade. Não valorizam a importância da literatura brasileira de entretenimento, mesmo que de qualidade. Apedrejam autores que se propõem a tão-somente entreter o leitor. Inteligentíssimos, eles não aceitam obras que não sejam originalíssimas, ou que posem como tal, ou que a partir delas não se possa explicar a cultura e a história brasileiras. Para essa tribo (parte da intelligentsia brasileira), ou você é um clássico ou você é um gênio ou você é, no mínimo, vanguardista. Fora disso, você, caro escritor, é uma merda.
É difícil saber, após essas reflexões, o que é causa e conseqüência nessa história toda – se a causa das editoras não publicarem autores nacionais é o fato dos leitores brasileiros não lerem a literatura do próprio país; se os brasileiros não lêem a literatura brasileira porque o que sempre está em destaque e chamando a atenção é a literatura estrangeira; se a literatura de qualidade brasileira é mais do que os leitores brasileiros exigem e querem para se entreter; se, ao contrário, a literatura brasileira de entretenimento é de qualidade baixa, aquém da literatura estrangeira, e por isso preterida pelos leitores brasileiros; etc. etc. A fobia é de quem: das editoras, dos leitores, da intelligentsia? Ou de todos? E fobia a quê: aos escritores nacionais, à literatura nacional, à literatura de entretenimento?
Nossa, que complexo...
Só para acrescentar um fato neste maravilhoso texto. Também não conhecemos nosso Folclore  preferimos exaltar o que vem de fora. Nosso cultura é riquíssima e está mais que na hora de darmos uma olhadinha no que é nosso e deixar de ficar babando no que não nos diz respeito. Maravilhoso seu texto Rogers.

* Este texto foi publicado, anteriormente, n’O BULE: www.o-bule.com

Rogers Silva – Escritor, professor, pesquisador e publicitário. Publicou em sites, jornais, revistas e coletâneas, dentre as quais Retalhos (org. Edson Rossato), Portal Solaris, Portal Neuromancer e Portal 2001 (org. Nelson de Oliveira). É autor do livro de narrativas, ainda inédito, Manicômio. É também colunista do site Página Cultural. Bloga em http://rogerssilvaoriginal.blogspot.com e tuíta em @rogerssilva
 Leram? Concordam? deixem sua opinião. 

7 comentários:

Rodolfo Euflauzino disse...

Querida Márcia, é até difícil discordar da argumentação do Roger. Tudo o que ele disse é verdade, este círculo vicioso leitor-editor-lucro nunca terá fim se nós leitores não divulgarmos e não exigirmos literatura nacional. O pior é que é nas academias que se inicia o preconceito, nos mestrados e doutorados da vida. Rubem Fonseca sofreu e sofre até hoje com este preconceito. Um cara que vende muito não é necessariamente ruim. Gosto de Fonseca, gosto de seu estilo seco e cru. É uma questão de gosto pessoal e também uma escolha pelo estilo. Não acho a literatura de Fonseca melhor e nem pior do que Graciliano Ramos. Logicamente são tipos distintos, com alcances também distintos, mas tudo é literatura.
O que vale é o ponto de vista. Para exemplificar conto uma história: certa vez uma aluna que iria concluir seu mestrado resolveu escolher um poema de Drummond para sua tese. Não satisfeita decidiu procurar o mestre e mostrar seu trabalho. Drummond a recebeu carinhosamente e leu sua tese. Ela já aflita perguntou o que ele havia achado do trabalho. No que ele respondeu que estava muito bom. E melhor ainda, que nem ele mesmo havia pensado em seu poema desta forma, nunca o interpretaria assim.
Tá vendo só como são as coisas, cada um tem seu ponto-de-vista e ponto final.
Não digo que deveríamos fechar os olhos para a literatura estrangeira, mas sim abrirmos para a literatura nacional que tem muita gente boa, que quer mostrar trabalho e não têm chance.
Literatura tupiniquim já!

Unknown disse...

Excelente texto. Concordo plenamente com tudo que ele diz.

Brasileiro ainda tem pensamento de colonizado. Triste, mas verdade.


Beijo!!!

Mari disse...

O mau do brasileiro começa com a História: "Os portugueses DESCOBRIRAM o Brasil."
Verdade?
Os índios estavam aqui antes, ainda que divididos em muitas tribos, o cerne do povo brasileiro é indígena.
Mas o europeu trouxe desenvolvimento, matou tudo e blablablá.
American way of life veio com tudo e então, BLAM!
Deu ainda mais força para a crise de vira-lata carente que nós temos.
O quintal do vizinho sempre é amis verde.
E aí vemos absurdos: pessoas que amam Agatha Christie, Jane Austen, Poe e tantos outros... Nunca leram Clarice ou Machado de Assis.
É realmente uma pena.


Beijos
http://letraslivros.blogspot.com

Douglas Dias Brandão disse...

Concordo com tudo que já diserram, mas o mal dos brasileiros é que eles não valorizam sua cultura, e nem a si mesmos, pois se valorizar é dar importância para as coisas ao seu redor e procurar cultivar o que é bom para se mesmo, então não vejo porque os brasileiros não valorizam a literatura brasileira, pois digo com total certeza que os livros atuais lançados aqui estão se igualando e ficando até melhor.
Que é isso gente? Tem livros estrangeiros que parecem filmes no sentido de acabaram com um final insosso e muito deles são sem graça.
Pessoal, temos a Vanessa Bosso, Danilo Barbosa, Thalita Rebouças, Eduardo Sporh, Eliane Quintela e tantos outros!
Vamos ler Clarice Lispector e outros atores que foram os perscursores da nossa literatura!
Concordo com o Roger e o apoio!

Anônimo disse...

Compreendi tudo o que ele falou , e concordo realmente com ele !Infelizmente é uma realidade a qual nos brasileiros estamos abituados a ver!

maria ester moraes disse...

não me incluo nesse artigo porque não dou valor apenas às coisas estrangeiras tais como livros, eu tenho nacionais também e procuro sempre ler. Agora, infelizmente, é a realidade, a maioria sempre fica bajulando os EUA e Portugal; onde já se viu mudar a língua brasileira baseando-a no português de Portugal? Onde a recíproca seria verdadeira? Brasileiro no EUA ilegalmente é deportado depois de ser preso. Aqui, paraguaios, uruguaios, bolivianos ilegais recebem anistia e são encaminhados para se legalizarem na polícia federal! Se a autoridade máxima do país não permite e extradição de um ladrão como se pode melhorar a imagem do Brasil? Um dia , mesmo que sejamos a 1ª potência, nossa imagem e nossa cultura será sempre de país subdesenvolvido! Aprendemos mais sobre história dos EUA do que da nossa própria! É um absurdo geral!!!!!!

Poliana Araújo disse...

Bom, adoro literatura estrangeira, todo mundo sabe, mas to torcendo para que no futuro os autores nacionais possam se comparar aos grandes escritores interncionais.
Bjs *-*
http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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